Falar do Amor é como falar de Deus
O que se fala apenas são idéias
Partes, fragmentos, visões
Daquilo que não se pode ver
Estranho é falar do Amor
Teorizar o que não é teoria
Sentimento louco, estranho
Não aceita limites
Nem gosta de definições
Vãs são as tentativas de entendê-lo
Ele não suporta as grades e prisões
Correntes não o podem deter
São a antítese do que Ele é
O Amor foge às gaiolas
Se detido, sai pelas frestas
Pavoroso e inconcebível
É pensar no Amor preso
Livre Ele é, como o Vento
Aparece quando e como quer
E para quem deseja
Surpreende ao unir almas
Sem planos, sem determinações
Apenas por que quer
E apesar de não gostar das palavras
Belas são as que Ele faz brotar
Através de nós
E não gostando de gaiolas
Mesmo assim o Amor nos prende
Mas sem correntes
O Amor prefere laços
Tecidos com cumplicidade
E pela nossa inconsciente decisão
Hugo Rocha
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