quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Pela brisa que se foi

*C.Wesley

Quando os ventos não mais soprarem
E as aves dos céus abandonarem o seu vôo
Por lhes faltar a calma do vento sob as asas
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa

Quando as praças ficarem vazias
E as folhas secas das árvores invadirem
O lugar por onde andavam seus pés
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa

Quando os tetos se desfizerem
E a tempestade desaguar em furor
E as águas armarem poças por onde assentavas
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa

Quando os sons se calarem
E tudo silenciar meus gritos
E onde havia a sua voz não houver nem mesmo um sussuro
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa

Quando eu esperar o amanhã
E o hoje não me der outra saída
E nele sentir que o tempo não passa
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa

Quando essa brisa se acabar
E não restar mais nada então
Que me possa manter aqui
Então irei, pela brisa que se foi

*Carlos Wesley é mineiro de Belo Horizonte. Músico, compositor e poeta. Amigo, que encontro na estação da vida chamada Hoje.

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