Lembro-me vagamente de quando me mudei para a casa onde moro com meus pais e irmãs. Já me esqueci de tanta coisa. Mas não é possível esquecer do Antônio. Casado com a Cátia, pai de Natália e Rafael. Acima de tudo, atleticano!
Lembro-me do som do radinho de pilha. Naquela época, qualquer barulho na casa dele era facilmente ouvido aqui em casa. A voz de Willy Gonser - o mais completo do Brasil - invadia o meu quarto. Na narração emocionante dos jogos do Galo. Como todo atleticano, Antônio era feliz apenas por torcer pelo Galo. Fora a torcida mesmo, o time não fornecia alegrias. Mas era notável a felicidade dele apenas por ouvir seu Galo na Itatiaia.
Outra lembrança é dos sumiços do Antônio quando o Galo perdia feio. Frequentes. Pois perder feio não é raro em se tratando do Atlético.
Mas o que mais me marcou foi um dia 2 de outubro. No dia 1º o Galo havia perdido - de forma ridícula - para algum time. Eu sequer lembrava. Fui todo feliz parabenizar o Antônio por mais um aniversário. Mas ele não me recebeu. A paixão pelo time o havia feito esquecer do seu próprio dia.
Acabo de receber a notícia da morte do Antônio. Ah, Antônio. Vai deixar saudade...
À Cátia, mulher guerreira e forte, e aos seus filhos, meu abraço e meu beijo carinhosos de amor e conforto...
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Saudade...
Hugo Rocha
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Um comentário:
Muito bom! Parece que conhecia o tal Antonio; senti saudade tb!!Rs
Abração, parabéns!
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