sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Constatação

Uma constatação. A sociedade brasileira está muda! Paralisada. E eu? Continuo sendo levado pelo ritmo suave, falsamente gostoso e imperceptível da indiferença? Ou tento remar contra essa correnteza que tanto me oprime?

Escrevi, certa vez, que

A maior questão a ser discutida, hoje, é se há amor ou não.
Em cada ato, questão, informação...
O resto é resto,
e pode esperar!


Acho triste perceber que a Moral Cristã (no que se refere ao Cristianismo, e não, terminantemente, a Cristo) passou a reger os relacionamentos em nossa sociedade. Lembro de algo que escrevi em setembro de 2007:

Alheios às condições sociais de desigualdade e injustiça social, muitos justificam tudo como “escolha de Deus”, remetendo a Ele toda responsabilidade e, até, culpa pelas mazelas humanas. Exemplos não faltam de pessoas que deixam de ajudar a quem precisa por diferenças de religião e credo. Guerras são cometidas sob a presunção da aprovação divina. Pessoas são assassinadas em nome de um deus a quem nunca se conheceu. Pois se o verdadeiro Deus é Amor, é justamente este sentimento o que mais falta à religião. A presunção de superioridade elimina o Amor e gera guerras, brigas, conflitos, divisões e mortes. E a paz, tão gritada pelas religiões, fica apenas no papel, já que leis e tradições valem mais que a vida, na hora da decisão. O orgulho vale mais que o Amor e a guerra é mais importante que a Paz, se o resultado servir para provar quem carrega a verdade. Verdade esta que é tão falsa quanto a religião que se vive.

Em meio à turbulência em minha alma, um grito de alerta se faz a cada dia mais presente: o Caminho é Cristo! O Cristianismo é um atalho mal construído. É um alerta. Desejo que todos fujam da religião antes que percam a alma. Não há outro caminho que se possa seguir por lá. O destino é um. E certo! Indiferença.

De lá para cá, exemplos do que escrevi acima não foram poucos. Mas a Esperança também renasce, dia após dia, no (re)encontro com pessoas do meu passado. Vidas que foram tocadas pelo Amor. Despertadas para a consciência da inclusão. Necessidade alarmante em uma sociedade que apenas exclui.

E eu, aonde vou?

Respondo com uma frase de meu amigo Ricardo Gondim, companheiro de caminhada: "Posso não saber ainda para onde vou, mas estou cada dia mais certo dos caminhos por onde não devo ir."

Sempre - e apenas - certo de uma coisa. Onde houver Amor, prometo, lá estarei.


Hugo Rocha

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